Israel e a Anexação em Gaza: Território e Humanidade em Conflito

Ao contrário da narrativa que reina, o que se passa em Gaza já não é uma guerra contra o Hamas.

Trata-se da vontade de Israel de anexar mais território e erradicar o povo palestiniano. Basta atentar às declarações de Bezalel Smotrich (ministro das finanças) em que afirma que “Gaza será totalmente destruída e que os civis serão enviados para sul do enclave e que daí serão deportados em grande número para outros países”. Remata que a libertação de reféns deixou de ser objetivo primordial, falando em “sacrifício humano”. Acrescento também as declarações de Itamar Ben-Gvir a defender a destruição total dos poucos armazéns de alimentos na Faixa de Gaza. Mais, ainda hoje foi noticia no insuspeito The Guardian o “risco crítico de fome” resultante do bloqueio imposto ao território palestino devastado, cortando todos os suprimentos, incluindo alimentos, remédios, abrigo e combustível. Todos os planos de Israel vão no sentido da ocupação do máximo possível do território palestiniano, movidos por um extremismo desumano e ambição sem escrúpulos.

Se a tragédia do povo palestiniano ainda não atingiu os contornos do holocausto judeu, o extremismo e ódio que tomou conta dos lideres de Israel não andam muito distantes do apresentados pelos nazis. Independentemente das ideologias, de ser esquerda ou direita, apoiar isto é de alguém desprovido de humanidade.

E tal como diz hoje Amílcar Correia no Publico, “É compreensível que os países europeus tenham problemas de consciência pelo seu passado anti-semita. Mas essa má consciência não se pode sobrepor à anexação de território palestiniano, ao extermínio da população civil, com recurso à abominável arma da fome e ao desprezo mais absoluto por qualquer réstia de assistência humanitária, direitos humanos ou Justiça.”

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